Categoria : Educação , Educação Inclusiva
“Cidade da Praia, 24 Jul. (Inforpress) – A Rede Nacional da Campanha de Educação para Todos (RNCEPT-CV) incita o Governo a aderir à Cimeira Global da Educação, cuja cimeira “Compromissos de Financiamento Educativo” para 2021-2025se realiza de 28 a 29 de Julho, em Londres.
A campanha é lançada pelo presidente da República do Quénia, Uhuru Kenyatta, em parceria com o primeiro-ministro do Reino Unidos, Boris Johnsons, com o propósito de re-alimentar a Parceria Global Para a Educação (GPE) para os próximos cinco anos e que culminará na GPE 2021-2025, co-organizada pelos dois países em Londres.
Pretende-se com esta campanha internacional “Cimeira Global de Educação – o financiamento da GPE 2021-2025” chegar a “um 1-bilhão de vozes para Educação”, razão pela qual a RNCEPT-CV estimula o Governo a assegurar a aprovação da declaração política “o mais rapidamente possível, a fim de demonstrar o empenho” do executivo “em abordar as questões delineadas na declaração”.
Em carta dirigida esta quinta-feira ao ministro da Educação, Amadeu Cruz, e a que a Inforpress teve acesso hoje, o coordenador nacional e o presidente da (RNCEPT-CV), respectivamente Abraão Borges e Marciano Monteiro manifestaram ao Governo ser esta um “momento chave para a comunidade global se reunir e apoiar uma educação de qualidade para todas as crianças”.
“A Parceria Global para a Educação espera obter promessas de doação no valor de 5 milhões de dólares para a sua reconstituição e ver os parceiros dos países em desenvolvimento comprometerem-se, corajosamente, a financiar a educação através dos recursos nacionais. Este último é fundamental para a sustentabilidade e para a redução da dependência da diminuição da ajuda externa, especialmente no actual contexto económico”, refere a missiva.
O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, é um dos subscritores desta campanha, tendo inclusive confirmado aos mentores que “Cabo Verde considera que a educação e a formação são alicerces fundamentais para o desenvolvimento do País e a realização pessoal, profissional e social, constituindo o desenvolvimento do capital humano um desígnio nacional”.
SR/JMV
Inforpress/Fim
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“A Rede Nacional da Campanha Educação para Todos promove neste sábado, 19, na ilha do Sal, uma ação de capacitação em técnicas de advocacia para a educação. É destinado a ONGs, associações comunitárias, jornalistas, artistas, profissionais de educação e ativistas sociais.
O objetivo é unir as sinergias em prol de uma educação inclusiva e de qualidade para todos. Mas para conseguir esta meta é necessário o envolvimento dos diversos atores sociais, daí a aposta na capacitação.
“Queremos mostrar às pessoas o que é a educação, o que devemos fazer para com que a educação chegue a todos. Fazer lobby junto dos governantes e chegarmos a quem mais precisa. A educação não é só do estado do país e sim de todos”, sublinha o coordenador nacional da Rede de Educação para Todos, Abraão Borges.
Numa altura em que a educação a distância se afigura como desafio devido a pandemia, Abraao Borges diz que há que trabalhar para que todas as crianças tenham condições de acesso.
Princezito na qualidade de artista e ativista social é um dos participantes deste workshop e mostra-se satisfeito em poder dar o seu contributo em prol de uma melhor educação.
“Enquanto artistas temos uma voz ativa e conseguimos alcançar uma multidão em pouco tempo. É bom que juntemos com grupos que trabalham para emancipação, igualdade e educação para influenciar positivamente as pessoas que nos seguem”, assevera o artista
Para além da formação em técnicas de advocacia este workshop conta também com a apresentação de dois temas, um sobre o papel da sociedade civil em relação à situação das crianças vulneráveis no domínio da educação e outro sobre as barreiras arquitetónicas.
Depois do Sal, este workshop será realizado em São Vicente, tendo sido já realizado no Fogo e na cidade da Praia.”
C/RCV
Categoria : Educação , Educação Inclusiva
“São Filipe, 20 Mar (Inforpress) – A Câmara Municipal de São Filipe vai definir e implementar no próximo ano lectivo uma nova política municipal para o ensino pré-escolar, que passa pela restruturação das redes de jardins de infância, anunciou hoje o presidente Nuías Silva.
O anúncio foi feito no acto da abertura do workshop de capacitação em técnicas de advocacia para educação destinado às instituições parceiras na região de Sotavento, como artistas e jornalistas, promovido pela Rede Nacional da Campanha de Educação para Todos de Cabo Verde.
A nova política municipal do pré-escolar, segundo o mesmo, passa pela reestruturação das redes de jardins de infância da autarquia para melhorar a qualidade, salientando que a mesma passa pela criação de um departamento a nível municipal, com um coordenador pedagógico para trabalhar em parceria com o Ministério da Educação.
Quanto às organizações não-governamentais, ONG, passam a fazer a gestão dos jardins e a câmara vai disponibilizar os recursos financeiros, deixando de gerir directamente este espaço.
Além da questão da política municipal do ensino pré-escolar, o autarca anunciou a intervenção para criação de condições para eliminar as barreiras arquitectónicas que dificultam o acesso aos espaços escolares.
Durante a sua intervenção na cerimónia de abertura manifestou a disponibilidade da autarquia de São Filipe para dialogar com o ponto focal da rede na ilha do Fogo para definir algum tipo de protocolo entre as duas instituições para algum financiamento de algumas actividades, mas também disponibilizar um espaço físico para que tenha uma presença física a nível da ilha.
“A causa da educação é nobre e deve convergir todos, independentemente das opções político-partidárias, religiosas, culturais, é uma causa nacional”, disse Nuías Silva, salientando que a educação de qualidade não pode começar no topo, mas começar pela base (pré-escolar) e mostrou-se satisfeito com o facto de existir um diploma que define o quadro legal para o ensino pré-escolar.
Para o mesmo, para garantir a educação inclusiva a Câmara Municipal de São Filipe gasta, anualmente, perto de 30 mil contos, um valor perto dos 40 mil contos que a Ficase (Fundação Cabo-verdiana de Acção Social Escolar) gasta por ano com transporte escolar a nível nacional, sublinhando que o seu município recebe por ano apenas mil contos desta instituição e por isso reclama um valor maior para poder ajudar a todos.
Ainda a nível da educação, este salientou que o seu município gasta 13 mil contos/ano para atribuir subsídios para jovens que frequentam as instituições do ensino superior.
Além da retenção desse valor com a criação de ensino superior na ilha, a mesma fonte aprontou outra vantagem que é a fixação da intelectualidade na própria ilha, já que fica difícil fazer regressar os jovens que estudam noutras paragens.
Já o presidente da rede, Marciano Monteiro, indicou na cerimónia de abertura que a instituição que preside não é opositora dos governos, central e locais, mas que pretende juntar as vozes para atingir a tão almejada educação de qualidade, inclusiva e para todos.
Segundo o mesmo, se todos colocarem à disposição as suas forças, energias e vontade de fazer é possível atingir a educação de qualidade para todos.
O workshop decorre nas instalações do auditório do Padre Pio Gottin e tem por objectivo capacitar e fortalecer as organizações não-governamentais (ONG), profissionais de educação, associações de base comunitária, artistas, jornalistas e activistas sociais na advocacia para a educação.
Esta acção de capacitação visa orientar as organizações, coalizões da sociedade civil, movimentos sociais, activistas e cidadãos sobre o tema da advocacia para educação especial, através de apresentação de conceitos, directrizes, ferramentas e métodos úteis para a elaboração e a implementação de estratégias de advocacia.
Depois da sessão de abertura, a gestora de portfólio e educação e pequena infância da Unicef em Cabo Verde, Ana Cristina Ferreira, apresentou o tema “Papel da sociedade civil sobre a situação da criança vulnerável em Cabo Verde: área da educação”.
Este workshop enquadra-se no plano da RNCEPT-CV 2020-2021 que pretende igualmente apoiar respostas eficazes no sector da educação.
Dois módulos serão ministrados, sendo o primeiro sobre “fundamentos teóricos e visão estratégica da advocacy” e o segundo sobre “construção de uma estratégia de advocacy para a educação”, com vários subtemas.”
JR/ZS
Fogo: Câmara vai implementar nova política municipal para o ensino pré-escolar em parceria com ONG